
01 de maio de 2014 | 20h51
"Estamos envolvidos em conversas com o governo nigeriano sobre o que poderíamos fazer para ajudar em seus esforços para encontrar e libertar essas jovens mulheres", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, no contato diário com a imprensa.
"Nós vamos continuar a ter essas conversas e ajudar de qualquer modo que pudermos."
Homens armados suspeitos de serem do movimento islâmico radical Boko Haram invadiram em 14 de abril uma escola secundária de meninas na aldeia de Chibok, no Estado de Borno, colocaram as adolescentes em caminhões e desapareceram em direção a uma área remota na fronteira com o Camarões.
O sequestro ocorreu no mesmo dia em que a explosão de uma bomba, também atribuída ao Boko Haram, matou 75 pessoas na periferia da capital, Abuja, no primeiro ataque contra a capital em dois anos.
Mas a brutalidade da ação na escola chocou os nigerianos, já acostumados há muito tempo a ouvir falar de atrocidades relacionadas a insurgência islamista que dura cinco anos e está cada vez mais sangrenta. O Boko Haram é agora visto como a principal ameaça de segurança à Nigéria, principal produtor energia da África.
Marie não entrou em detalhes sobre o tipo de assistência que Washington está oferecendo, mas disse: "Nós sabemos que o Boko Haram está ativo na área e temos trabalhado em estreita colaboração com o governo nigeriano para a capacitação na luta contra essa ameaça."
Separadamente, um grupo de senadores norte-americanos apresentou uma resolução condenando o sequestro e pedindo ajuda do governo dos EUA no esforço de resgate.
"Os EUA e a comunidade internacional devem trabalhar com o governo nigeriano para garantir que essas meninas voltem a suas casas e aprofundar os esforços para combater a crescente ameaça representada pelo Boko Haram", disse o senador Chris Coons, de Delaware, presidente do Subcomitê de Assuntos Africanos no Senado, e um dos seis patrocinadores da resolução.
(Por Lesley Wroughton, com reportagem adicional de Patricia Zengerle)
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