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EUA pagarão caro se Coreia do Norte voltar ao rol de apoiadores do terrorismo, diz Pyongyang

Seul pediu reinclusão do regime na lista após assassinato de Kim Jong-nam

Atualização:

SEUL - A Coreia do Norte advertiu neste sábado, 4, que os Estados Unidos pagarão "um alto preço" por voltar a considerar a inclusão do regime em sua lista de países que patrocinam o terrorismo.

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"Os Estados Unidos se darão conta do alto preço que terão de pagar por suas acusações sem fundamento contra a República Popular Democrática da Coreia", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano. O texto foi divulgado pela agência estatal KCNA.

O Departamento de Estado americano estuda a possibilidade de incluir novamente Pyongyang na lista, depois de uma solicitação de Seul. A Coreia do Sul fez o pedido por acreditar que o Norte está envolvido no assassinato de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder Kim Jong-un, em 13 de fevereiro.

Pyongyang saiu de lista de apoiadores do terrorismo em 2008 Foto: Damir Sagolj/Reuters

Pyongyang negou desde o começo das investigações a sua participação no crime, responsabilizou a Malásia pela morte de Kim Jong-nam e acusou Kuala Lumpur e os Estados Unidos de terem confabulado com Seul para culpar o regime comunista.

A Coreia do Norte se diz opor "a qualquer forma de terrorismo e qualquer apoio a grupos extremistas", uma postura que "demonstra consistentemente na prática".

O regime norte-coreano acusou Washington de querer incluí-lo na lista "apesar de não ter nada em comum com terroristas". "Essa decisão é uma expressão de repugnância e atitude hostil por parte dos Estados Unidos", diz o texto.

A Coreia do Norte foi incluída na lista após o atentado perpetrado em 1987 por dois agentes de Pyongyang contra um avião comercial sul-coreano, cuja explosão matou todos os 115 ocupantes.

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Em 2008, o governo Bush retirou Pyongyang da lista graça a progressos nas conversações pelo fim do programa nuclear norte-coreano. / EFE