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EUA pedem que Otan não apresse saída do Afeganistão

Secretário de Defesa americano afirma que tropas obtiveram 'substancial progresso militar'

Atualização:

Gates participou de sua última reunião na Otan como secretário de Defesa americano

 

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BRUXELAS - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, pediu nesta quinta-feira, 9, que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não se apressem para sair do Afeganistão, mesmo após os EUA começarem a retirar seus homens do país, no mês que vem.

 

Gates, que participou de sua última reunião da Otan antes de se aposentar no fim do mês, disse que os 130 mil soldados estrangeiros estão obtendo um "substancial progresso militar". "Eu também reiterei minha crença de que esses ganhos poderiam ser ameaçados se nós não procedermos com a transição para as afegãos comandando a segurança de maneira deliberada, organizada e coordenada", afirmou o secretário.

 

"Mesmo agora que os Estados Unidos começam a retirar-se no mês que vem, eu garanti a meus companheiros ministros que não haverá pressa na retirada de nossa parte - e nós esperamos o mesmo de nossos aliados", acrescentou Gates.

 

Reforma

 

Também nesta quinta, funcionários disseram que a Otan desativará quatro bases na Europa e cortará quase 5 mil empregos, em uma grande reforma na aliança de 28 nações. Em um jantar na noite de ontem, na Bélgica, os ministros de Defesa dos países membros concordaram em reduzir o número de estruturas de comando de 11 para sete. Além disso, as agências serão cortadas de 14 para três, em um momento de austeridade econômica na Europa.

 

"Nós decidimos tornar nossa aliança mais enxuta, mais efetiva e mais eficiente, em um momento de orçamentos apertados para todas as nossas nações", notou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, ao final do encontro de dois dias. A ministra de Defesa espanhola, Carme Chacón, disse que a reforma reduzirá o quadro da Otan de 13.700 para 8.800 funcionários. As informações são da Dow Jones.

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