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EUA perdem bombardeiro de US$ 200 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

O Departamento de Defesa americano perdeu nesta quarta-feira um bombardeiro B-1, avaliado em US$ 200 milhões durante missão de apoio às milícias afegãs que combatem os membros da rede Al-Qaeda em Tora Bora, no leste do Afeganistão. A porta-voz do Pentágono, Victoria Clarke, disse que as equipes de resgate da Marinha foram imediatamente para o local do acidente, cerca de 48 quilômetros ao norte da Ilha Diego García, no Oceano Índico. Fontes militares informaram mais tarde que um helicóptero da Marinha resgatou os quatro tripulantes do avião. O Pentágono não revelou se o avião, capaz de realizar vôos intercontinentais a até 9 mil metros de altura, caiu no mar depois de decolar de Diego García ou quando retornava a essa base militar sob soberania da Grã-Bretanha. Os bombardeiros B-1 "apóiam as operações das forças no Afeganistão opositoras ao regime do Taleban", disse o general Peter Pace, subchefe do Estado-Maior Conjunto. Cabine do B-1B pode ser ejetada Os quatro tripulantes do B-1B Lanceiro acidentado foram salvos por um recurso de segurança característico do avião: em emergência máxima, toda a cabina de comando, construída em metal ultra-resistente, pode ser ejetada. A queda do módulo é contida por três pára-quedas. Grandes, velozes e letais, os bombardeiros negros cumprem no Afeganistão as mais destrutivas missões de bombardeio aéreo. Depois da passagem dos B-52H, forrando as montanhas em redor de Tora Bora com a ação batizada de tapete de bombas, os esguios supersônicos B-1 cobrem os alvos específicos: as entradas das cavernas, as cada vez mais raras armas antiaéreas da resistência Taleban e, eventualmente, grupos de combatentes que se movimentam pelos desfiladeiros, expulsos dos esconderijos subterrâneos mantidos sob fogo intenso: 1 ataque a cada 30 minutos, 336 desde o início do cerco ao último reduto da Al-Qaeda. Com alcance de 12 mil quilômetros sem reabastecimento em vôo, o Lanceiro decola da ilha de Diego García, no Oceano Índico, para despejar 30 toneladas de mísseis e bombas sobre objetivos no Afeganistão e retornar à base. Projetado nos anos 70, durante a guerra fria, deveria ser um dos vetores estratégicos com armas atômicas contra a ex-URSS. Acabou sendo tecnologicamente simplificado e operacionalmente expandido para cumprir ações táticas como as que o jato que caiu nesta quarta-feira realizava, lançando 24 mísseis e 60 bombas. Leia o especial

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