EUA podem levar questão norte-coreana ao Conselho de Segurança

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Por Agencia Estado
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O enviado americano à Coréia do Sul, John Bolton, reforçou hoje em Seul a intenção dos EUA de levar a questão sobre o polêmico programa nuclear norte-coreano ao Conselho de Segurança da ONU. A Coréia do Norte, que no mês passado decidiu reativar seu reator nuclear de Yongbyon, advertiu recentemente que a imposição de sanções pela ONU significariam uma declaração de guerra. Bolton disse, no entanto, que os EUA buscam primeiro tentar resolver a crise pela via diplomática e acrescentou que Washington poderia dar a Pyongyang uma espécie de garantia de que não atacará o país comunista. A visita de três dias do subsecretário americano de Estado para Controles de Armas e Segurança Internacional coincide com o início de conversações de alto nível entre representantes das duas Coréias em Seul. Em um aparente golpe para os EUA, a delegação norte-coreana disse que as duas Coréias devem resistir à "pressão externa" em meio às preocupações sobre o suposto programa de armas nucleares da Coréia do Norte. Os quatro dias de reuniões têm como objetivo promover projetos para os dois países, como a ligação das ferrovias, mas o governo sul-coreano pretende usá-los para pedir ao vizinho que abandone seu programa nuclear. A Coréia do Norte argumenta que a disputa é com Washington e não envolve o Sul. Mas em um comunicado, o chefe da delegação norte-coreana, Kim Ryong-song, disse que os lados deveriam unir forças, com um fervoroso senso de respeito nacional, e enfrentar as dificuldades. A agência de notícias norte-coreana KCNA exortou hoje os sul-coreanos a pressionar pela reunificação na dividida Península Coreana e resistir aos "imperialistas dos EUA". Segundo a agência, a independência nacional de todo o povo coreano era o melhor meio para defender "a paz e a segurança do país".

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