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EUA podem usar tecnologia para ‘restaurar’ internet em Cuba, diz Biden

Conexão foi diminuída após protestos antigovernamentais; presidente americano se encontrou com a chanceler alemã Angela Merkel

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos estão analisando se podem restaurar o acesso à internet em Cuba, onde autoridades restringiram a conexão após protestos governamentais históricos, afirmou o presidente americano Joe Biden nesta quinta-feira, 15. "Estamos considerando se temos capacidade tecnológica para restaurar esse acesso", disse Biden em entrevista coletiva ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, com quem se reuniu mais cedo.

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Biden acrescentou que está aberto a enviar ao país "quantidades significativas" de vacinas contra a covid-19. "Eu estaria disposto a doar quantidades significativas de vacinas se, de fato, eles me garantissem que uma organização internacional administraria essas vacinas e faria isso de tal forma que os cidadãos comuns tivessem acesso a essas vacinas", afirmou durante a entrevista. Cuba vive um aumento acentuado das infeccções pelo vírus.

Merkel e Biden discutiram a quebra de patentes de vacinas contra a covid-19, posição defendida pelos Estados Unidos.  O grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras havia pedido que Biden intercedesse no posicionamento da chanceler alemã, contrária à medida. Merkel, cientista por formação, argumentou que suspender as patentes não seria eficaz e poderia prejudicar futuras pesquisas e esforços de desenvolvimento.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a chanceler alemã Angela Merkel participam de entrevista coletiva na Casa Branca Foto: Alex Edelman/Pool via EFE/EPA

Os dois chefes de Estado também prometeram trabalhar juntos para se defender contra a agressão russa e enfrentar ações antidemocráticas da China. Uma das questões discutidas foi o gasoduto Nord Stream 2, que está sendo construído da Rússia para a Alemanha sob o Mar Báltico. Tanto Biden quanto Merkel afirmaram acreditar que a Rússia não deve usar a energia como arma.

"Estamos juntos e continuaremos a nos defender para defender nossos aliados do flanco oriental na Otan contra a agressão russa", disse Biden na entrevista coletiva.

Ele disse que ambos os países defenderão os princípios democráticos e os direitos universais quando virem a China ou qualquer outro país trabalhando para minar uma sociedade livre e aberta.

Os Estados Unidos e a Alemanha são aliados-chave da Otan, mas o relacionamento foi prejudicado durante o mandato do ex-presidente Donald Trump. Biden e Merkel se conhecem e trabalham juntos há anos. Ambos prometeram fortalecer os laços entre os dois países daqui para frente. /REUTERS e AFP

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