EUA prendem cientista chinês suspeito de espionagem

De acordo com autoridades americanas, Xin Wang foi preso no dia 7 de junho enquanto tentava deixar o país; governo chinês nega que homem seja espião

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Por Redação
Atualização:

LOS ANGELES - Autoridades americanas informaram que um cientista chinês suspeito de espionagem foi preso nesta semana em Los Angeles, na Califórnia. O homem teria sido preso enquanto tentava deixar o país, informou o governo americano nessa quinta-feira, 11.

O chinês Xin Wang foi detido em 7 de junho antes de embarcar em um voo para Tianjin, na China, segundo um comunicado conjunto da Procuradoria Federal e do escritório local do FBI. Wang entrou nos Estados Unidos em março do ano passado, fazendo-se passar por um pesquisador médico interessado em trabalhar na Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF).

Edifício J. Edgar Hoover, sede do FBI em Washington. Foto: Jim Bourg/Reuters

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No entanto, quando interrogado pelas autoridades de fronteira no aeroporto, Wang disse ser um oficial do Exército de Libertação do Povo Chinês e funcionário de um laboratório militar universitário. De acordo com documentos judiciais, ele disse ainda que recebeu instruções de seus superiores na China para observar a disposição do laboratório da UCSF e trazer informações sobre como replicá-lo no país.

"O CBP recebeu informações de que Wang tinha estudos da UCSF com ele, que carregava para compartilhar com seus colegas do PLA (exército), e que enviou uma pesquisa ao seu laboratório na China por e-mail", afirma o comunicado. "Também disse ao seu supervisor na UCSF que duplicou parte do trabalho desse professor no laboratório da China".

Parte do trabalho do laboratório da UCSF é financiado por doações do Departamento de Saúde dos Estados Unidos e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), disseram as autoridades federais.

Wang, que apagou o conteúdo das mensagens em seu telefone pessoal antes de chegar ao aeroporto, foi acusado de fraude de visto e pode pegar até 10 anos de prisão e uma multa de US$ 250 mil se condenado.

A China negou nesta sexta-feira que Wang estivesse envolvido em espionagem. "Ele é um pesquisador de doenças cardiovasculares, então não vejo a possibilidade de ter colocado em risco o interesse ou a segurança nacional dos Estados Unidos", disse Hua Chunying, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, em entrevista coletiva./ AFP

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