As autoridades de imigração dos Estados Unidos anunciaram neste sábado a detenção em Washington de 19 de um total de 22 suspeitos de promover casamentos fraudulentos com cidadãos norte-americanos para legalizar imigrantes sem documentos. O departamento de Justiça dos Estados Unidos disse em um comunicado que as detenções aconteceram no norte da Virginia, Maryland e Washington e que foram produto de uma investigação de três anos. Segundo a acusação, nove dos suspeitos arranjaram casamentos fictícios mediante pagamento. O objetivo era fazer com que norte-americanos, através do casamento, regularizassem a situação dos ilegais. Dez acusados são estrangeiros que aceitaram os casamentos falsos para obter o benefício e assim evitar a deportação. Os três restantes são cidadãos americanos que se casaram com ilegais e assinaram documentos falsos para ajudar os imigrantes. Um ilegal que se casa com um cidadão norte-americano pode conseguir a residência permanente e deve cumprir ao menos cinco anos em sua nova categoria migratória antes de solicitar a cidadania. As autoridades indicaram que os estrangeiros sem documentos que participaram da fraude geralmente pagavam dentre US$ 2.500 a US$ 6.000 aos acusados de arranjar os casamentos. Os norte-americanos envolvidos recebiam cerca de US$ 500 no dia do casamento e US$ 300 adicionais a cada mês durante o ano. Os estrangeiros, a maioria de Gana, também receberam ajuda para completar os formulários imigratórios com informação falsificada. Eles também eram orientados sobre como proceder diante de uma entrevista com autoridades da imigração.