EUA pressionam por referendo na Venezuela

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Por Agencia Estado
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Às vésperas do processo de confirmação das assinaturas de eleitores que pedem a convocação de um referendo para revogar o mandato do presidente venezuelano, Hugo Chávez, os EUA começam a dar sinais de que pretendem aumentar a pressão sobre o regime chavista para que o plebiscito possa ocorrer. Segundo fontes do Departamento de Estado, as mensagens de Washington para Caracas têm sido bastante claras: "Deixe o referendo acontecer, ou enfrente as conseqüências." Para que a oposição consiga convocar a votação, será necessário que cerca de 600 mil - das mais de 1 milhão de assinaturas postas em dúvida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - sejam confirmadas num processo que ganhou o nome de "reparo", entre sexta-feira e domingo. Numa declaração a The Washington Post, um funcionário do Departamento de Estado disse que Chávez vem tentando evitar a realização do referendo para manter-se no poder. "O que está havendo é a consolidação de uma ditadura", disse o funcionário. "Temos de fazer os nossos melhores esforços para frear isso." Chávez, por seu lado, também tem aumentado a repressão aos opositores. Há denúncias de prisões arbitrárias e perseguições contra os antichavistas. Na semana passada, numa denúncia divulgada pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), o governo Chávez ameaçou cassar o visto de jornalistas estrangeiros que atuam no país e até a nacionalidade de empresários venezuelanos - entre eles, o multimilionário Gustavo Cisneros.

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