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EUA querem ampliar ação militar no Paquistão

Plano, que indica decepção com a capacidade paquistanesa de perseguir os militantes refugiados na região tribal, pode enfurecer Islamabad

Atualização:

Membros do alto comando militar americano no Afeganistão estão pressionando por uma ampliação nas operações especiais com incursões terrestres na fronteira com as regiões tribais do Paquistão - uma estratégia arriscada que demonstra a crescente frustração dos Estados Unidos com os esforços de Islamabad para desarticular os militantes islâmicos que atuam nas áreas.A proposta, descrita por representantes do governo americano em Washington e no Afeganistão, aumentaria as atividades militares dentro do Paquistão, onde a movimentação de tropas americanas tem sido amplamente evitada, por causa do temor de reações negativas.O plano ainda não foi aprovado, mas líderes políticos e militares dizem que há um renovado senso de urgência nesse sentido, já que o prazo para o início da retirada do Afeganistão se aproxima para o governo Barack Obama. Mesmo com os riscos, comandantes do Exército afirmam que o uso das forças de operações especiais poderiam trazer informações inesperadas, caso militantes fossem capturados, levados ao Afeganistão e interrogados.Os EUA fizeram poucas investidas dentro do Paquistão, em operações que enfureceram as autoridades de Islamabad. Agora, oficias do Exército americano parecem confiantes de que uma mudança de diretrizes poderia permitir mais incursões.A guerra clandestina no Paquistão vem sendo realizada em sua maioria por ataques com aviões não tripulados da CIA. Em pouco mais de três meses, até meados de dezembro, foram registrados pelo menos 58 bombardeios em território paquistanês.Nos últimos anos, milícias afegãs apoiadas pela CIA também têm realizado missões secretas nas áreas tribais do Paquistão. Mas essas equipes têm sido usadas ultimamente apenas em operações de inteligência, para colher informações para o Exército americano. Entrevistas recentes revelaram que uma das ofensivas destruiu um depósito de armas. / NYT

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