EUA querem indiciar presos de Guantánamo até fevereiro

Centenas de estrangeiros estão presos como suspeitos de terrorismo na base naval

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Por Agencia Estado
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Os militares norte-americanos esperam apresentar até fevereiro acusações revistas contra um grupo de presos de Guantánamo e apresentar as primeiras evidências contra eles em julgamentos em meados do ano, disse o procurador-chefe dos tribunais militares na sexta-feira. Centenas de estrangeiros estão presos como suspeitos de terrorismo na base naval de Guantánamo, encravada em Cuba, todos sem julgamento e a maioria sem sequer acusações formais. A base começou a ser usada com esse fim depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. O promotor-chefe dos tribunais criados para julgá-los, coronel-aviador Moe Davis, disse por telefone que as audiências preliminares podem ser retomadas em março, com o julgamento até setembro. Mas alertou que o cronograma pode ser alterado, porque "tudo está sujeito à intervenção de cortes federais e centenas de outras coisas que podem parar tudo". Conforme se aproxima o quinto aniversário da chegada dos presos, em 11 de janeiro, cresce a pressão para que eles sejam processados no sistema judiciário regular dos Estados Unidos e que a prisão de Guantánamo seja fechada. Ativistas dos EUA e de outros países planejam uma passeata até os portões da base no dia 11. Grupos de direitos humanos e vários governos condenam a existência dessa prisão, onde supostamente há maus tratos. Desde a chegada dos primeiros militantes algemados à base seca e árida no sudeste de Cuba, mais de 770 detentos passaram por lá, e cerca de 395 permanecem. Só dez chegaram a ser formalmente indiciados

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