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EUA querem que fuzileiro fique preso em embaixada

O advogado do militar alega que a detenção fere o ´Acordo das Forças Visitantes´

Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado do fuzileiro americano condenado à prisão perpétua por estuprar uma filipina pediu nesta terça-feira a transferência de seu cliente para a Embaixada dos Estados Unidos em Manila, abrindo uma batalha legal por sua custódia. Ricardo Díaz alega que a detenção do militar numa prisão "não cumpre o Acordo de Forças Visitantes" pelo qual as tropas americanas efetuam periodicamente manobras e ajudam o Exército filipino na luta contra terroristas e subversivos. "O cabo Daniel Smith deve ser devolvido à custódia da embaixada dos EUA até o julgamento da sua apelação e a decisão final", disse o advogado. Smith, de 21 anos, foi declarado culpado de ter estuprado uma jovem filipina há um ano, aproveitando que ela estava bêbada e não podia se defender. Outros três fuzileiros acusados no mesmo caso, e que supostamente encorajaram e o agressor, foram absolvidos de cumplicidade por falta de provas. O caso abriu um debate no país sobre o Acordo de Forças Visitantes, que os setores esquerdistas querem que seja cancelado. Os quatro acusados, que se encontravam nas Filipinas participando de manobras militares, estavam sob custódia da embaixada dos EUA em Manila até o julgamento. Ao fim do julgamento, guardas de segurança americanos tentaram levar Smith de volta à embaixada. Mas a Polícia filipina impediu e ele foi levado a uma prisão de Makati. O porta-voz da Presidência filipina, Ignacio Bunye, elogiou "a independência da justiça filipina" no caso. Depois de absolvidos, os outros três militares envolvidos no caso voaram imediatamente depois do julgamento à base de Okinawa, no Japão.

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