EUA recomendam evitar viagens à Venezuela por crime, escassez e roubos

Citando uma ONG local, o Departamento de Estado adverte que o país tem um dos índices mais altos de crime

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O Departamento de Estado americano recomendou nesta quinta-feira (7) que seus cidadãos não viajem para a Venezuela em razão do "crime generalizado" no país, da escassez de alimentos, remédios e outros bens, e dos frequentes episódios de revoltas e roubos.

"O crime violento - incluindo homicídios, ataques à mão armada, sequestros e roubos violentos de carros - é endêmico em todo o país (...), até mesmo em áreas que geralmente são vistas como seguras e frequentadas por turistas", advertiu o departamento em um comunicado.

Mercados na Venezuela não têm diversos produtos, principalmente os de primeira necessidade Foto: REUTERS/Jorge Silva

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Citando a ONG local, o Observatório Venezuelano da Violência, o texto advertiu que a "Venezuela tem um dos índices de crime mais altos" e "a segunda taxa de homicídios" no mundo.

A "advertência" do Departamento de Estando é a longo prazo e difere de um "alerta", um formato que recomenda à população que evite um país por uma circunstância específica. Neste caso, ao contrário, o governo americano pede que seus viajantes evitem a Venezuela por tempo indeterminado.

"Os protestos políticos podem ocorrer espontaneamente e espera-se que tenham espaço com maior frequência nos próximos meses em Caracas e outras regiões do país. São comuns as longas filas para comprar produtos básicos e houve relatos de revoltas e violência durante estas esperas, que muitas vezes terminam em lojas saqueadas e ruas bloqueadas", indicou o comunicado.

O departamento também advertiu sobre os traficantes de drogas e grupos armados ilegais "que estão ativos nos Estados de Zulia, Táchira e Apure na fronteira com a Colômbia".

O governo indicou, além disso, que as restrições de segurança que devem ser cumpridas pelos diplomatas creditados em Caracas dificultam os serviços que a embaixada pode fornecer a seus cidadãos. / AFP

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