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EUA recusaram convite russo para discutir a crise na Síria, diz Putin

No Casaquistão, presidente russo criticou o que chamou de 'posição não construtiva' dos americanos, que se recusaram a participar de reuniões sobre o tema

Atualização:

ASTANA, CASAQUISTÃO - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, denunciou nesta quinta-feira, 15, a "posição não construtiva" dos Estados Unidos que, segundo o líder russo, rechaçaram a proposta de enviar delegações para as respectivas capitais para discutir a guerra na Síria.

"Essa posição (dos EUA) não é construtiva e, aparentemente, a razão da debilidade da posição americana é a falta de um plano (para a Síria). Parece que simplesmente não têm nada a falar", criticou Putin em Astana, capital do Casaquistão, de acordo com declarações exibidas pela imprensa russa.

Vladimir Putin criticou decisão dos EUA de não discutir com a Rússia uma solução política para a Síria Foto: Alexei Nikolsky, RIA-Novosti, Kremlin Pool Photo via AP

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"Não entendo como nossos parceiros americanos podem criticar as ações da luta antiterrorista da Rússia na Síria e rechaçar o diálogo direto sobre as questões importantes, como a solução política para o conflito", continuou Putin.

O governo russo diz que propôs a Washington que uma delegação de autoridades americanas fosse até Moscou para discutir a guerra civil na Síria. Diante da negativa do governo americano, Moscou propôs então que uma delegação russa liderada pelo primeiro-ministro Dimitri Medvedev viajasse para Washington.

De acordo com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, os Estados Unidos recusaram as duas propostas.

"Dissemos que não tínhamos interesse (no encontro) porque a Rússia não estava disposta a contribuir de forma construtiva ao nosso esforço de luta contra o Estado Islâmico", confirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Também nessa quinta-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Alexei Meshkov, afirmou que o país está pronto para cooperar com todas as "forças construtivas", incluindo os curdos, na luta contra o Estado Islâmico na Síria.

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"Estamos na Síria a convite do governo sírio e estamos prontos para trabalhar com todas as forças construtivas que estão prontas para lutar em conjunto contra o Estado Islâmico", disse Meshkov quando perguntado se a Rússia iria cooperar com os curdos, de acordo com a agência Tass. / AFP e REUTERS

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