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EUA rejeitam proibição do uso de bombas de fragmentação

Porta-voz do Departamento de Estado americano afirmou que esse tipo de bomba tem um lugar nos conflitos armados, desde que os países sigam regras apropriadas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os Estados Unidos rejeitaram nesta sexta-feira, 24 um apelo internacional para proibir o uso de bombas de fragmentação, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, que afirmou que esse tipo de bomba tem um lugar nos conflitos armados, desde que os países sigam regras apropriadas. McCormack disse que o Exército americano já aprimorou tecnicamente as suas próprias bombas de fragmentação e monitora de perto a maneira como elas são usadas. As declarações foram feitas no mesmo dia em que representantes de 46 nações reunidos na Noruega assinaram uma declaração pedindo um tratado para banir esse tipo de arma. Depois de uma conferência de dois dias em Oslo (à qual os Estados Unidos não compareceram), os países se comprometeram a buscar a proibição até 2008 do uso, produção, transferência e armazenamento de bombas de fragmentação que causam "danos inaceitáveis" aos civis. No entanto, além dos Estados Unidos, outras das principais potências militares do mundo, como China e Rússia, não compareceram ao encontro. As bombas de fragmentação são artefatos que contêm dezenas de bombas menores, que se espalham por uma vasta área, causando graves ferimentos nas pessoas que estiverem no raio atingido. Os opositores desse tipo de arma argumentam que essas pequenas bombas geralmente não explodem na hora e podem causar mortes de civis anos mais tarde, como se fossem minas terrestres. As negociações para se chegar a uma proibição do uso de bombas de fragmentação deverão continuar com uma série de reuniões que serão realizadas no Peru, na Áustria e na Irlanda. Mas, segundo o correspondente da BBC Stuart Hughes, a falta de apoio de países como Estados Unidos, China e Rússia pode afetar a credibilidade de um tratado. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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