A administração Bush restaurou nesta quarta-feira uma proposta feita há quatro anos em que os Estados Unidos acabaria com o embargo contra Cuba em troca do retorno do processo democrático na ilha. A proposta foi apresentada inicialmente pelo presidente George W. Bush em maio de 2002 e prontamente rejeitada por Cuba. Desde então ela recebeu pouca atenção do governo. "A oferta continua à disposição", disse o Secretário Assistente de Estado Thomas Shannon. Ele informou que seu país deverá consultar o Congresso para analisar a questão caso Cuba liberte seus prisioneiros políticos, garanta os direitos humanos, legalize os partidos políticos e "crie um caminho" para eleições livres. As afirmações de Shannon fazem parte de um esforço administrativo para promover mudanças democráticas em Cuba agora que o presidente Fidel Castro transferiu seus poderes para seu irmão, Raul. O velho Castro "não aparenta mais estar em condições para retornar aos afazeres diários que ele atuou por tantas décadas", disse Shannon. Ele acrescentou que não acredita que Raul Castro torne-se o supremo líder de Cuba. Em vez disso, ele acredita, a ilha está passando por um processo de negociações que a prepara para uma "divisão do poder". Shannon não mostrou interesse em buscar uma abertura diplomática com Cuba agora que Fidel está saindo da vida política.