WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos se pronunciou "profundamente preocupado" com os novos episódios de violência no Egito, pediu a "contenção" das partes e afirmou esperar a continuação da transição democrática no país do norte africano, informou a agência de notícias AFP nesta segunda-feira, 21.
Veja também:Infográfico:A revolução que abalou o mundo árabe Galeria: Enfrentamentos no centro do Cairo TV Estadão: Veja imagens dos protestos na praça Tahrir Artigo: Entre Teerã de 1979 e Berlim de 1989 Radar Global: Personagens, curiosidades e análises da crise
"Estamos profundamente preocupados com a violência", afirmou Jay Carney, porta-voz da Casa Branca. "Pedimos que todas as partes mostrem contenção", continuou, acrescentando que é "importante que o Egito continue avançando" na direção de uma transição democrática. Mais cedo, também nesta segunda-feira, o Pentágono reagiu de forma semelhante, ao pedir que todas as partes envolvidas na crise do Egito mostrem "moderação".
O Egito vive uma nova onda de violência desde o sábado, quando milhares de manifestantes tomaram a Praça Tahrir, no centro do Cairo, para protestar contra o gabinete apontado pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país provisoriamente desde a queda do regime de 30 anos de Hosni Mubarak.
A violência do último final de semana deixou ao menos 24 mortos e centenas de feridos. Houve vários enfrentamentos entre os manifestantes e as forças de segurança, que já haviam entrado em confronto no local em fevereiro, durante a revolução que terminou com a queda de Mubarak.
Os militares afirmam que entregarão o poder aos civis apenas após as eleições presidenciais, as quais prometeram vagamente realizar em 2012 ou até em 2013. Os manifestantes pedem uma transição imediata para um governo civil. A atual onda de violência resultou na renúncia do atual gabinete.