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EUA tomarão medidas contra Uganda por lei contra homossexuais, dizem fontes

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Os Estados Unidos devem anunciar mais medidas contra Uganda em resposta à lei que impõe duras penas a homossexuais, afirmaram autoridades governamentais nesta quinta-feira. O anúncio da Casa Branca, esperado para mais tarde nesta quinta-feira, deve estabelecer punições a aqueles que implementarem a lei, assinada pelo presidente Yoweri Museveni em fevereiro, disseram autoridades à Reuters. O presidente Barack Obama alertou Museveni na época de que a lei complicaria as relações entre os dois países. Desde então, os Estados Unidos estão revisando seus empréstimos e financiamentos a Uganda, enquanto pressionam o governo de Museveni para revogar a lei. O Ministro das Relações Exteriores da Uganda, Sam Kutesa, esteve em Washington na semana passada e se encontrou com o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para discutir as preocupações e interesses dos Estados Unidos em relação à lei, que impõe penas de prisão perpétua para aqueles que praticarem sexo com pessoas do mesmo gênero. Washington tem tomado cuidado em sua retaliação, para não desviar fundos de projetos que irão diretamente influenciar ou afetar programas de nutrição ou de combate à AIDS que beneficiam a população de Uganda.  Uganda é um importante aliado ocidental na luta contra o extremismo islâmico na Somália, onde tropas ugandenses estruturam as forças da União Africana que combatem militantes alinhados à Al Qaeda.  Doadores ocidentais, incluindo os Estados Unidos, já redirecionaram ou suspenderam cerca de 118 milhões de dólares que deveriam servir de ajuda à economia da nação da África oriental, embora as medidas até agora tenham tido impacto limitado no orçamento, em parte por que o dinheiro continua sendo mandado, mesmo que não diretamente ao governo. O governo de Uganda, em resposta às novas ameaças, informou que não iria mudar sua decisão de endurecer as leis contra os homossexuais. "Uganda é um país soberano e nunca pode se curvar a ninguém ou ser chantageada", afirmou à Reuters o porta-voz do governo, Ofwono Opondo, acrescentando que Uganda ainda não tinha sido notificada de qualquer "decisão ou sanções" dos EUA.

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