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EUA usam golfinhos para detectar minas

Por Agencia Estado
Atualização:

Esqueça as bombas de precisão cirúrgica, os aviões espiões não-tripulados ou a artilharia high-tech. Nesta terça-feira, o Exército americano revelou a sua mais improvável e peculiar arma contra a defesa iraquiana: uma equipe de golfinhos nariz-de-garrafa do Atlântico. As forças dos EUA no sul do Iraque contam agora com a ajuda desses mamíferos adestrados para procurar minas na área do porto iraquiano de Umm Qasr ? ocupado por tropas da coalizão. O local está destinado a receber ajuda humanitária depois da guerra, mas o Pentágono quer ter certeza de que as águas do Golfo Pérsico estão livres das minas submarinas. Um porta-voz da Marinha de Guerra dos EUA, capitão Mike Tillotson, informou que os golfinhos foram muito bem adestrados para a detecção desses artefatos. O treinamento deles faz parte de um projeto em vigor em mais de duas décadas. Tillotson explicou aos jornalistas em Doha (Catar), sede do comando central da campanha no Iraque, que pelo menos quatro golfinhos poderiam executar essa tarefa em Umm Qasr usando ondas sonoras e outras habilidades naturais para localizar minas e outros explosivos plantados no fundo do mar pelos iraquianos. Além de frisar que os animais estão sendo muito bem tratados (com direito a refeições balanceadas e vitaminas), o capitão Tillotson também observou que os golfinhos não foram treinados para tirar as minas da água ? e sim para localizá-las a uma distância prudente, minimizando qualquer perigo para os próprios. Cachorros também ajudam as tropas As forças dos EUA e da Grã-Bretanha que ocupam o porto de Umm Qasr descobriram várias minas na semana passada na parte de trás dos vários navios na península de Faw, entrada para o local. No entanto, mergulhadores americanos que procuram minas em Umm Qasr informaram nesta segunda-feira que não tinham encontrado nenhum tipo de explosivo. A poucos quilômetros dali, as tropas britânicas resolveram adotar mascotes na luta contra as tropas do ditador Saddam Hussein. Segundo o governo britânico, trata-se da maior ?mobilização militar canina? desde a 2ª Guerra Mundial. São 20 cães treinados especialmente para reunir e vigiar prisioneiros de guerra. O Exército calcula que um cão de proteção possa fazer o trabalho de uma unidade de dez homens; e acredita ainda que um inimigo preferiria enfrentar um soldado de guarda a um pastor alemão rangendo os dentes. ?Eles não são simples animais de estimação. Penso neles como uma peça sofisticada de equipamento militar?, diz o sargento Danny Morgan, que lidera a unidade militar de treinamento de cães na cidade inglesa de Aldershot. ?Conto com esses cães para proteger minha vida e dos outros.? Veja o especial :

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