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EUA vão enviar 3 milhões de doses da vacina contra a covid da Johnson ao Brasil

A vacina da Johnson & Johnson é de dose única. Com isso, o lote enviado pelos EUA poderá imunizar 3 milhões de brasileiros

Foto do author Beatriz Bulla
Por Beatriz Bulla e Correspondente
Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos irão enviar ao Brasil 3 milhões de doses de vacinas Janssen produzidas pela Johnson & Johnson. O envio deve acontecer nesta semana e é resultado de uma negociação direta entre Casa Branca e governo brasileiro.A informação foi revelada pela GloboNews e confirmada por um dos assessores da Casa Branca em publicação no Twitter.

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"Amanhã continuaremos nosso trabalho para enviar mais vacinas para o mundo e acabar com o vírus em todos os lugares, com 3 milhões de doses ao Brasil", publicou Kevin Munoz, um assessor de imprensa da presidência americana.

A vacina da Johnson & Johnson é de dose única. Com isso, o lote enviado pelos EUA poderá imunizar 3 milhões de brasileiros. As novas doses irão se somar às outras já prometidas pelos EUA que o Brasil deve receber por meio do consórcio Covax Facility.

Caixas com a vacina da Johnson & Johnson em Shepherdsville, Kentucky; parceria inédita com a MSD. Foto: Timothy D. Easley / AFP

Na segunda-feira, a Casa Branca anunciou o destino da segunda parte das doses prometidas pelo governo de Joe Biden. O democrata se comprometeu a compartilhar 80 milhões de doses com outros países do mundo.Os EUA distribuem as vacinas de duas formas: 75% são compartilhadas pelo do Covax, que faz a divisão por região geográfica, e 25% são enviadas diretamente pelo governo americano a países parceiros e locais onde se verifique uma crise maior de covid.

Até hoje, o Brasil tinha ficado fora da lista de países que iriam receber as vacinas diretamente dos EUA e estava apenas entre os contemplados pela divisão por meio do Covax. Através do Covax, os EUA prometeram doar 20 milhões de doses para a América Latina. As vacinas serão divididas entre Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Uruguai, Guatemala, El Salvador, Honduras, Haiti, República Dominicana, Panamá, Costa Rica e outros países do Caribe. Somados, os países têm mais de 438 milhões de pessoas.

O anúncio de hoje foi comemorado por diplomatas brasileiros, que vinham negociando com a Casa Branca o envio de vacinas desde março. 

Os EUA compraram doses em número suficiente para imunizar três vezes a própria população. Conforme a situação no país melhorou com o avanço da vacinação, o governo Biden passou a ser cobrado a compartilhar parte das vacinas com outros locais do mundo. Além dos 80 milhões de doses anunciados, os EUA se comprometeram a comprar 500 milhões de vacinas da Pfizer e doar a 92 países pobres até junho de 2022.

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