30 de julho de 2014 | 10h22
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(Atualizada às 15h20) WASHINGTON - Os Estados Unidos anunciaram na manhã desta quarta-feira, 30, que passarão a negar vistos de entrada no país a integrantes do governo da Venezuela que tenham sido responsáveis ou cúmplices na repressão a protestos realizados em meses recentes, nos quais 43 pessoas foram mortas.
As medidas foram anunciadas no momento em que o Congresso dos EUA discute a adoção de sanções mais severas contra a administração de Nicolás Maduro. O presidente americano, Barack Obama, se opõe a essas medidas, por temer que elas acabem fortalecendo o governo de Caracas e sua narrativa contra o "imperialismo americano".
O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Elías Jaua, chamou a decisão dos EUA de "retaliação" ao "papel da Venezuela na formação de um mundo novo". "Entendemos todas essas agressões como um grito desesperado de quem sabe que o mundo está mudando e não tem outra forma de se relacionar", disse o chanceler, segundo o jornal El universal.
A proibição de entrada nos EUA de integrantes do governo é uma ação mais restrita, que não tem impacto sobre a economia do país. "Com esse passo, nós enfatizamos nosso compromisso em responsabilizar indivíduos que cometem violações de direitos humanos", disse o Departamento de Estado em uma nota.
O governo americano não divulgou os nomes das pessoas atingidas pelas restrições, mas ressaltou que sua "mensagem" é clara: "Aqueles que cometeram esses abusos não serão bem-vindos nos Estados Unidos."
Jaua dissse que não recebeu nenhuma notificação formal sobre a suspensão dos vistos. "Isso evidencia uma demonstração de muita imaturidade com as relações de respeito que se devem ter."
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