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EUA: volta ao diálogo com Coréia do Norte é incondicional

Diplomata americano afirmou que serão negociadas as sanções financeiras impostas pelos EUA no meio do ano passado ao regime norte-coreano

Por Agencia Estado
Atualização:

O enviado americano para as conversas de seis lados sobre o programa nuclear da Coréia do Norte, Christopher Hill, disse nesta terça-feira em Pequim que o diálogo deve ser retomado ainda este ano, e afirmou que Pyongyang lhe assegurou que voltaria ao diálogo "sem condições". A Rússia também se manifestou, elogiando o retorno ao diálogo. Em entrevista coletiva concedida na embaixada dos Estados Unidos em Pequim, Hill confirmou que teve "uma reunião bilateral" com seu colega norte-coreano, Kim Kye-gwan, dentro da "reunião trilateral" proposta pela China, da qual participou também o negociador chinês, Wu Dawei. Segundo o representante americano, Pyongyang confirmou que voltará às negociações "sem condições", algo que Hill disse ter certeza. Ele admitiu, entretanto, ter "problemas para prever" a atitude da Coréia do Norte "na próxima semana ou no próximo mês". O diplomata americano acrescentou que as discussões girarão em torno das sanções financeiras impostas pelos EUA ao regime norte-coreano no ano passado. As conversas multilaterais, que começaram a ser realizadas em 2003, incluem as duas Coréias, os EUA, o Japão, a Rússia e a China. Visivelmente cansado, Hill disse que a eventual flexibilidade da Casa Branca em relação às sanções impostas a Pyongyang por suposta lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e falsificação de dólares para a venda de artigos militares "dependerá da cooperação" do regime comunista. Rússia elogia decisão A Rússia considerou "muito positivo" o acordo firmado entre Coréia do Norte, Estados Unidos e China para reatar as negociações multilaterais sobre o programa nuclear norte-coreano. "Consideramos muito positivo o anúncio do reatamento das negociações de seis lados para a solução da crise nuclear norte-coreana", afirmou o vice-ministro russo de Relações Exteriores, Alexander Alexeyev, citado por agências russas. Representante máximo da Rússia nas negociações nucleares que começaram em 2003 em Pequim, Alexeyev acrescentou que "as conversas multilaterais têm agora uma nova chance". O vice-ministro russo agradeceu "encarecidamente" à China por seus esforços para que a Coréia do Norte retorne às negociações de seis lados (EUA, Rússia, China, Japão e as duas Coréias). Pyongyang, que em 9 de outubro suscitou uma crise internacional ao realizar seu primeiro teste nuclear, boicotou o diálogo de seis lados no último um ano devido à imposição das sanções financeiras, e afirmava que não voltaria às negociações sem que Washington cancelasse a medida.

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