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Europa estuda receber presos de Guantánamo

Por EFE e REUTERS E WP
Atualização:

Alguns governos da Europa estão considerando receber prisioneiros da base americana de Guantánamo, em Cuba, como um gesto ao futuro governo de Barack Obama, afirmou ontem o jornal The Washington Post. De acordo com a publicação, pelo menos seis países estão estudando aceitar os detentos, mas apenas Portugal e Alemanha se manifestaram publicamente. A disposição em considerar a aceitação desses presos - que não podem retornar a seus países de origem pelo risco que correm de ser torturados - representa uma grande mudança de atitude por parte dos governos europeus. Até agora, pedidos semelhantes feitos pela administração do presidente George W. Bush haviam sido rejeitados pelos países da União Européia (UE). "O governo Bush produziu o problema", afirmou Karsten Voigt, coordenador da cooperação com os EUA no Ministério das Relações Exteriores da Alemanha. "Com Obama, a diferença é que ele tentará resolvê-lo." Representantes dos governos da UE já entraram em contato com a equipe de Obama para tratar do assunto. No entanto, o presidente eleito só discutirá o tema após a posse, dia 20. PEDIDO CHINÊS O governo da China disse ontem que quer que os 17 detentos chineses da etnia uigur, presos em Guantánamo, sejam reenviados ao país caso a prisão for realmente fechada. Em outubro, um juiz ordenou a libertação imediata dos chineses, mas Washington disse que não pode devolvê-los para a China porque eles sofreriam perseguição no país.

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