Europa investirá US$ 779 mi no desenvolvimento o Afeganistão

Valor servirá para financiar a reformulação da Justiça, buscar soluções agrícolas para substituir o cultivo da papoula e melhorar o saneamento básico do país asiático

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Européia - órgão executivo da União Européia (UE) - destinará US$ 779 milhões para o desenvolvimento do Afeganistão. O valor, que será aplicado entre 2007 e 2010, servirá para financiar um pacote de projetos para reformar a Justiça, buscar soluções agrícolas para substituir o cultivo da papoula (planta utilizada na produção da heroína) e melhorar o saneamento básico do país asiático. A comissária de Relações Exteriores da União Européia, Benita Ferrero-Waldner, apresentará essas propostas durante uma reunião entre a UE e uma delegação do governo afegão, que acontecerá em Berlin na próxima semana. O objetivo do encontro é colocar em marcha um chamado "Plano para o Afeganistão" - uma iniciativa da União Européia para melhorar a ordem pública, incrementar a luta contra o narcotráfico e promover o desenvolvimento regional, com ênfase especial nas relações com o Paquistão. Também nesta sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram que irão investir mais de US$ 10 bilhões no país nos próximos dois danos. A maior parte do dinheiro americano, entretanto, será investida na segurança. A Comissão Européia continua sendo um dos principais doadores do Afeganistão, e é uma das poucas instituições que desenvolve planos plurianuais para o país. Para Benita Ferrero-Waldner, a solução dos problemas do Afeganistão "passa necessariamente" pela expansão da autoridade governamental por todo o território e a erradicação da produção de droga. Por este motivo, explicou Benita, os novos planos se centrarão especialmente em reforçar a administração pública, e, mais particularmente, em reformar a justiça, com o envio de experts nos próximos meses para melhorar o sistema de designação dos juízes e a introdução de um código penal. Ainda assim, a Comissão considera que a aplicação da lei não é suficiente para resolver o problema da produção de papoula, e por isso prevê colocar em marcha uma série de projetos de desenvolvimento rural com a intenção de reduzir a dependência econômica em relação à planta e buscar otros meios alternativos de subsistência.

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