Europa pede solução democrática na Venezuela

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Européia pediu hoje para que as Forças Armadas respeitem "o Estado de Direito" na Venezuela, depois do golpe de Estado que provocou a saída do presidente Hugo Chávez, sob pressão dos militares. "Nós seguimos de perto a situação, mas lançamos um apelo às Forças Armadas e as outras forças da comunidade que tentem encontrar uma solução para este impasse político e para respeitar o Estado de Direito e os direitos humanos", declarou Gunnar Wiegand, porta voz do Comissário Europeu de Relações Exteriores, Chris Patten. A Comissão Européia espera que "o povo venezuelano possa voltar a vida normal o mais rápido possível e nós estamos prontos a ajudar o país a retornar a um bom gerenciamento econômico". Na França, o governo deplorou ?o atentado à ordem institucional" na Venezuela, afirmou o porta-voz da chancelaria François Rivasseau. Segundo ele, Paris também lamenta as "conseqüências trágicas" dos choques ocorridos nas ruas de Caracas. "A França dá confiança aos venezuelanos para buscarem uma saída pacífica à grave crise política e social que atravessa o país e que possam chegar rapidamente ao restabelecimento da ordem institucional e à estabilidade democrática". Em Portugal, o governo português pediu que o governo provisório venezuelano convoque eleições livres e democráticas logo que seja possível. Numa nota divulgada em Lisboa, o governo apelou às novas autoridades venezuelanas para que encontrem uma solução pacífica para a crise institucional, respeitando o direito internacional, os princípios democráticos e os direitos humanos. A preocupação de Portugal é com a comunidade portuguesa na Venezuela - cerca de 400.000 pessoas, a grande maioria com origem na Ilha da Madeira. Para acompanhar a situação, o governo de Portugal criou uma rede de contatos com os consulados, os representantes das comunidades portuguesas no país, representantes da Igreja católica e outras personalidades. A posição portuguesa está sendo tomada em coordenação com a presidência espanhola da União Européia. As informações colhidas por Portugal são de que "os portugueses residentes na Venezuela aguardam com tranqüilidade o desenrolar da situação, esperando a todo o momento o regresso da normalidade que lhes permita retomar as suas atividades". Leia tudo sobre a crise na Venezuela

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