
23 de dezembro de 2010 | 00h00
Depois de enfrentar duras críticas por causa dos problemas que o Aeroporto de Heathrow, na Grã-Bretanha, enfrentou por causa das péssimas condições climáticas no país, o diretor executivo da agência que administra os terminais do aeroporto, Colin Mathews, declarou que vai abrir mão do bônus anual a que tem direito. A situação dos transportes aéreos e ferroviários de toda Europa começou a se normalizar ontem.
Mesmo com o aumento das temperaturas na Grã-Bretanha, a expectativa era a de que 30% das partidas fossem canceladas. O terminal enfrentou sérios problemas com nevascas que, nos últimos dias, bloquearam e congelaram suas pistas - na terça-feira, apenas uma funcionou.
A falta de habilidade em lidar com a neve foi o principal foco das críticas contra a empresa que administra os aeroportos britânicos. Mathews disse que sua intenção agora é "manter as pessoas se movendo e reconstruindo sua confiança em Heathrow", ao anunciar que abriu mão de seu prêmio - a empresa informou que no ano passado o valor recebido pelo diretor executivo foi de US$ 1,46 milhão.
O Aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, afirmou que os horários das partidas e chegadas estavam voltando ao normal gradualmente. Ontem, o terminal registrou 70 cancelamentos nos 1.300 voos programados - na terça-feira, foram 550.
O governo francês declarou que o mau tempo ainda seria responsável pelo cancelamento de 15% dos voos no Aeroporto Charles de Gaulle.
A empresa ferroviária Eurostar - que controla a linha sob o Canal da Mancha, ligando Grã-Bretanha, França e Bélgica - informou que os horários dos trens estavam quase normalizados ontem. Milhares de pessoas ficaram presas nas estações da companhia desde o domingo.
Baixas temperaturas continuaram a ser registradas em algumas regiões da Europa ontem. Na Dinamarca, foi registrada a noite mais fria dos últimos 29 anos. Os termômetros baixaram a -22,5ºC no país. / AP
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