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Europa teme novos atentados até o fim do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Os serviços secretos europeus estão advertindo para novas ameaças terroristas, atentados que poderão ser praticados até o fim do ano em países como França, Itália, Alemanha e Grã-Bretanha. Os serviços de informações europeus, entre eles as DCRG (Direção Central de Informações Gerais) e DST (Direção da Segurança do Território) e os especialistas da própria Interpol têm procurado coordenar suas atividades diante da revelação de que cerca de 300 ativistas espalhados por esses países preparam-se para novas ações que poderão ocorrer ainda antes do Natal. Outros 500 são agentes inativos no momento, mas que podem entrar em ação de acordo com as necessidades, prontos a oferecer suas vidas num atentado suicida. Isso explica o forte reforço do dispositivo de policiamento ostensivo em capitais como Londres, Roma, Berlim e Paris - esta última, capital onde o sistema de prevenção foi ampliado. A proteção foi reforçada em prédios públicos, estações ferroviárias, aeroportos, teatros, museus, restaurantes, etc. O Ministério do Interior da França considera o país fora da lista dos principais alvos - o que alguns especialistas questionam, diante da numerosa população de origem árabe, sendo uma parcela sensível a doutrinação e recrutamento. No início da semana, por exemplo, o irmão do autor do atentado de Djerba, na Tunísia (21 mortos), Oualid Naouar, foi indiciado em Paris pelo juiz antiterror Jean Louis Bruguière, por cumplicidade em assassinatos relacionados a iniciativa terrorista. Outro país muito visado é o Reino Unido. O primeiro-ministro Tony Blair afirmou num discurso na Câmara dos Comuns: "Não passa um dia sem que haja uma informação dos nossos serviços secretos sobre uma ameaça contra nossos interesses." A grande dificuldade é informar a opinião pública sem criar pânico para não cair na armadilha dos grupos terroristas, cuja meta é causar medo e provocar o caos. No momento, as autoridades esperam pelo pior, e a própria Scotland Yard solicitou a ajuda dos serviços israelenses, prevendo possíveis ataques com carros-bomba.

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