Europeus se manifestam sobre a vitória de Schroeder

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Por Agencia Estado
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O presidente da União Européia (UE) Romano Prodi, congratulou-se nesta segunda-feira com o chefe do governo alemão, Gerhard Schroeder, e com o ministro de Relações Exteriores, Joschka Fisher, pela vitória por ambos obtida domingo nas eleições na Alemanha. Prodi, que destacou "a importância da Alemanha na Europa", disse que esperava reunir-se em breve com Schroeder e prosseguir a colaboração com seu governo. O presidente do Executivo da UE excluiu a idéia de que a apertada maioria obtida por Schroeder nas urnas possa condicionar a prevista ampliação da comunidade européia de 15 para 22 países, que incluirá as nações ex-comunistas do Leste. Prodi expressou o desejo de prosseguir a colaboração com o governo Schroeder "o quanto antes" para enfrentar dois importantes desafios que deverão ser enfrentados proximamente pela UE - a ampliação do grupo de países e as reformas institucionais da UE - da melhor maneira possível. O comissário europeu para a ampliação da UE Jean-Christophe Filori, declarou que "a Alemanha continua firmemente comprometida com o projeto de ampliação" da comunidade, que começará a ser negociada em fins de outubro. Após a vitória de Schroeder, são seis os países da UE que têm governos de centro-esquerda: Alemanha, Grã-Bretanha, Finlândia, Bélgica, Grécia e Suécia. Outros nove países - Itália, Espanha, França, Portugal, Luxemburgo, Holanda, Dinamarca, Irlanda e Áustria - têm governos conservadores. Numerosos chefes de governo europeus enviaram hoje os cumprimentos a Schroeder pela nova vitória eleitoral, graças à qual deverá encabeçar o Executivo da Alemanha durante mais quatro anos. Uma das primeiras felicitações recebidas foi a do presidente russo Vladimir Putin, que ligou pessoalmente para Schroeder para manifestar-lhe a confiança em "uma ainda maior evolução das construtivas relações de cooperação entre Rússia e Alemanha". Schroeder recebeu também as felicitações de três chefes de governo conservadores: o espanhol José María Aznar, o francês Jacques Chirac e o italiano Silvio Berlusconi. Em uma carta enviada ao chefe de governo alemão, Chirac afirmou que "a França e a Alemanha têm que continuar sendo o motor da Europa", em um período particularmente delicado para a UE, que incluirá entre outras coisas a ampliação para o Leste. O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, repartiu por igual os cumprimentos ao ganhador Schroeder e ao candidato conservador Edmund Stoiber "pelos excelentes resultados eleitorais" obtidos por ambos. O espanhol José María Aznar enviou de Copenhague, onde se encontra, um telegrama de felicitações para Schroeder, mas manifestou a intenção de falar pelo telefone com os dois candidatos - Schroeder e Stoiber - quando regressar a Madri.

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