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Europeus tentam retomar o processo de paz no Oriente Médio

A UE assumiu um novo papel no Oriente Médio após a guerra de 33 dias entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

Os ministros de Relações Exteriores da União Européia (UE) estudarão como retomar o processo de paz no Oriente Médio após o conflito do Líbano, na sua reunião desta sexta-feira em Lappeenranta, no sudeste da Finlândia. Em carta a seus colegas, o chanceler finlandês, Erkki Tuomioja, cujo país preside este semestre a UE, expõe a necessidade de analisar a situação. Ele acha necessário rever o papel do bloco e seus métodos de trabalho, para conseguir "um maior impacto" na região em conflito. "É importante ver em que ponto estamos, como podemos retornar ao Mapa de Caminho e avaliar se é preciso atualizar os rumos", disse Tuomioja. A UE assumiu um novo papel no Oriente Médio após a guerra de 33 dias entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel. O bloco é majoritário, com quase 7 mil militares, na Força Interina das Nações Unidas (Finul), que deve ajudar a manter a paz após o cessar-fogo de 14 de agosto. Em sua carta, Tuomioja pede uma reflexão sobre a situação entre o Líbano e Israel e entre Israel e os palestinos. Segundo a comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, o conflito demonstrou que não existe uma solução militar no Oriente Médio, "e é preciso aproveitar a ocasião". Os eventos, segundo fontes diplomáticas européias, mostraram a necessidade de atualizar o Mapa de Caminho, plano de paz elaborado em 2003 pelo Quarteto de Madri (Estados Unidos, Rússia, UE e ONU). A vitória do grupo radical Hamas nas eleições palestinas de janeiro e a guerra do Líbano mudaram o panorama de um ano atrás, quando a retirada israelense da Faixa de Gaza abria novas perspectivas. A situação no Oriente Médio deverá dominar as discussões dos ministros hoje em Lappeenranta.

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