Evo ameniza crise e promete discutir fuga de senador boliviano com Dilma

Presidente diz que 'grupos' querem desestabilizar relação bilateral entre os dois países

PUBLICIDADE

Por Fernando Gallo
Atualização:

PARAMARIBO - O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu uma resolução "de presidente para presidente" para o impasse provocado pela fuga do senador opositor Roger Pinto para o Brasil e acusou "alguns grupos" de tentarem colocá-lo contra a presidente Dilma Rousseff.

PUBLICIDADE

"Alguns grupos querem nos colocar contra a presidente Dilma, mas não vão conseguir. Temos uma relação madura", disse Evo em Paramaribo, no Suriname,  questionado sobre o impacto da não devolução do senador à  Bolívia.  "Eu e Lula resolvemos muitos problemas diretamente" O líder boliviano e Dilma devem tratar do caso em uma reunião bilateral ainda hoje, durante cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Evo voltou a criticar o senador opositor, que recebeu asilo diplomático na embaixada brasileira em La Paz. Pinto responde a 20 processos de corrupção na Bolívia, mas diz ser perseguido politicamente por denunciar irregularidades no governo do presidente.

"Nenhum governo do mundo pode proteger e defender corruptos", afirmou. "Não é nenhum perseguido político, é um delinquente"

Na quarta-feira, em La Paz, Evo criticou a posição do governo brasileiro, que alega ter sido surpreendido por uma operação de resgate conduzida pelo encarregado de negócios da embaixada na capital boliviana, Eduardo Saboia.

À época, o presidente sugeriu que Dilma deveria agir de modo diferente. "Se houvesse um caso similar na Bolívia, eu deixaria este corrupto na fronteira."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.