O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse na quinta-feira que estuda um investimento de US$ 20 milhões em Huanuni, a principal mina de estanho do país. A aplicação visa acelerar o processo de nacionalização desse setor, segunda principal fonte de divisas boliviana, depois dos hidrocarbonetos. Evo, que em outubro restaurou o pleno domínio estatal sobre a mina e que há menos de duas semanas nacionalizou um complexo de fundições operado pela suíça Glencore, declarou a correspondentes estrangeiros que sua política mineradora incluirá outras medidas, a serem anunciadas "oportunamente". "Em um ano de governo aprendemos que é melhor informar o que se faz, e não o que vamos fazer", disse Evo, questionado sobre os planos de elevação de impostos e revisão dos contratos do setor minerador, que em 2006 gerou exportações de quase 800 milhões de dólares. "Não estamos em campanha. Trata-se é de responder ao povo da Bolívia", afirmou Evo, acrescentando que a chamada "segunda nacionalização" da mineração e a já executada estatização do gás e petróleo constavam em seu programa eleitoral. Evo disse buscar pessoalmente o financiamento de 20 milhões de dólares para instalar uma usina de tratamento primário do estanho em Huanuni, de onde saem atualmente quase 10 mil toneladas de estanho.