Evo dá ao papa livros sobre folha de coca e diz que ele deveria provar
Em visita ao Vaticano, presidente boliviano afirma que está tomando a erva e lhe faz bem
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Por Redação
Atualização:
CIDADE DO VATICANO - O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi recebido nesta sexta-feira pelo papa Francisco, que ganhou de presente três livros sobre os benefícios da folha da coca e ouviu do governante que ele deveria prová-la.
O encontro começou às 10h34 (horário local) e os dois conversaram durante 27 minutos na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
"Estou tomando e ela me faz muito bem. Eu a recomendo, pois assim se aguenta toda a vida", disse Evo ao papa ao entregar-lhe Coca y dieta cetogénica, Coca: un biobanco e Coca: factor antiobesidad, todos escritos por Kunihiro Seki e Yoshito Nishi, na habitual troca de presentes.O pontífice, por sua vez, deu o medalhão de São Martinho de Tours e a recente exortação sobre a família Amoris Laetita (A Alegria do Amor). Ele também entregou ao presidente boliviano um exemplar de O nome de Deus é Misericórdia, o primeiro livro do papa Francisco, publicado em fevereiro.O presidente boliviano aproveitou a ocasião para dar de presente um busto de madeira do líder indígena Tupac Katari e também entregar uma carta da Central Operária Boliviana (COB) e da Coordenadora Nacional pela Mudança (Conalcam), sobre as últimas manifestações da Igreja Católica em seu país.O líder tinha anunciado antes de sua chegada ao Vaticano que falaria com o papa sobre esse assunto, depois que em 1 de abril a Conferência Episcopal Boliviana alertou em um documento que o narcotráfico tinha entrado nas estruturas do Estado. O presidente rejeitou essas acusações e pediu à Igreja boliviana que desse os nomes de quem teria relação com o narcotráfico.Evo participou da reunião acompanhado de seu chanceler, David Choquehuanca; a encarregada de negócios da embaixada boliviana perante a Santa Sé, Erika Farfán Mariaca; e a chefe de gabinete, Patricia Hermosa.O presidente participará neste sábado de uma conferência organizada pelo presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, o argentino Marcelo Sánchez Sorondo, para comemorar os 25 anos da encíclica "Centesimus Annus", de João Paulo II. / EFE
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