Evo Morales faz viagem não programada para Cuba por motivos de saúde

Ex-presidente boliviano, que vive como refugiado político na Argentina, foi submetido a uma cirurgia de laringe em Cuba em abril de 2017, quando removeu um tumor benigno da corda vocal esquerda.

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BUENOS AIRES - O ex-presidente da Bolívia Evo Morales deixou Buenos Aires na madrugada desta segunda-feira, 10, com destino a Cuba por motivos de saúde, e retornará no próximo fim de semana à Argentina.

"O ex-presidente Evo Morales fez uma viagem não programada na noite passada a Cuba por razões de saúde. Seu retorno está marcado para este fim de semana, a fim de cumprir a agenda programada", diz o comunicado divulgado pela assessoria de imprensa de Evo Morales.

Ex-presidente exilado da Bolívia Evo Morales lançou-se candidato ao senado do país, mesmo estando na Argentina Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

PUBLICIDADE

O presidente argentino, Alberto Fernández, também confirmou a viagem do boliviano. "Então, me disseram que parecia que estava passando por tratamento de alguma coisa e teria de viajar. Ele tinha falado dias atrás comigo", disse Fernández à Rádio Continental, de Buenos Aires, quando questionado sobre a viagem de Evo a Havana. O presidente destacou que "nada o impede, como refugiado político, de viajar para Cuba".

Evo foi submetido a uma cirurgia de laringe em Cuba em abril de 2017, quando removeu um tumor benigno da corda vocal esquerda.

Evo ficou no poder na Bolívia entre 2006 e 2019. No ano passado, após vencer eleição que foi considerada fraudada pela oposição, foi alvo de protestos e da pressão de parte das forças de segurança, acabando por renunciar à presidência. Ameaçado, fugiu do país, passou pelo México e, posteriormente, passou a viver na Argentina. Agora, tenta se candidatar ao Senado boliviano.

Segundo o jornal boliviano El Deber, Evo está entre as candidaturas "observadas" pelo Tribunal Superior Eleitoral, o que significa que ele deverá entregar mais informações solicitadas pelo órgão, correndo o risco de ter seu nome impugnado nas urnas.

O candidato à presidência do partido de Evo - Movimento ao Socialismo (MAS) -, Luis Arce, é alvo do mesmo procedimento, com isso o MAS poderia não ter candidato ao comando do país na disputa marcada para 3 de maio. A sigla diz ser perseguida pelos oposicionistas, após a queda de Evo. / EFE e AP 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.