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Evo Morales quer retomar relações diplomáticas com o Chile

Desde a década de 1960 Bolívia e Chile têm suas relações estremecidas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta sexta-feira, 29, que é partidário de um pronto restabelecimento das relações diplomáticas com o Chile, e destacou a cordialidade que existe com o governo chileno que tem à frente a presidente Michelle Bachelet. Bolívia e Chile romperam relações diplomáticas em 1963 devido a uma divergência pelo desvio unilateral das águas do rio Lauca por parte do Chile. Em 1975, foram restabelecidas pelos governos de Hugo Banzer e Augusto Pinochet, e rompidas novamente em 1978 diante da enorme pressão interna na Bolívia porque o país não conseguia alcançar solução para a questão marítima. A proposta chilena consistiu, então, na entrega à Bolívia de um estreito corredor na zona fronteiriça com o Peru em troca de mais territórios. "Dois países vizinhos não podem viver eternamente na inimizade. Somos irmãos afinal", disse Morales à emissora católica Fides, que o escolheu como personagem do ano. "É uma necessidade dos dois países ter relações (diplomáticas). Queremos chegar a isso superando nossos problemas históricos." Morales reuniu-se este ano em quatro oportunidades com a presidente do Chile. A última vez foi em 9 de dezembro na reunião sul-americana na cidade boliviana de Cochabamba. "Existem algumas propostas (de relações diplomáticas). Não quero adiantar mais. É o desejo que temos", declarou. Ele também informou que seu governo definiu Roberto Finot como novo cônsul no Chile, em substituição a José Enrique Pinelo, que foi destituído há dois meses por Morales em razão de ordem interna.

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