PUBLICIDADE

Evo participa de inauguração de obra na Bolívia por telefone e é acusado de 'usurpar funções'

Ex-presidente está refugiado na Argentina e apareceu falando em um vídeo durante a inauguração de um supermercado; governo interino boliviano o acusa de usurpar funções, traição e terrorismo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

LA PAZ - O ex-presidente boliviano Evo Morales, que está refugiado na Argentina, inaugurou por telefone um supermercado em uma cidade no sul da Bolívia e despertou a reação imediata do governo interino de Jeanine Áñez, que acusou Evo nesta sexta-feira, 27, de "usurpar funções". 

Promotoria boliviana pediu a prisão de Evo Morales por sedição e terrorismo Foto: CLAUDIO CRUZ / AFP

PUBLICIDADE

Na segunda-feira 23, o vice-governador da província de O'Connor, Wálter Ferrufino, entrou em contato por telefone celular com Evo em Buenos Aires para abrir um mercado de suprimentos na cidade de Entre Ríos, no Departamento (Estado) de Tarija. 

"Quero saudar de Buenos Aires esse ato de inauguração do nosso mercado, parabenizar nossas autoridades do gabinete do prefeito por trabalharem juntas para o desenvolvimento de nossas comunidades e municípios de Tarija, na Bolívia. Quero apenas dizer, nesse ato de abertura: defendam nossos programas", afirmou Evo, segundo vídeo divulgado pelo jornal Página Siete

Ferrufino é um militante do Movimento Al Socialismo (MAS), partido do ex-presidente - que renunciou após protestos por uma suposta fraude eleitoral em sua reeleição. A obra inaugurada foi realizada pelo programa do governo "Bolívia Cambia, Evo Cumple", responsável por obras civis em todo o país nos quase 14 anos de governo do ex-chefe de Estado. 

Depois de tomar conhecimento do fato, o ministro da Presidência, Yerko Núñez, braço direito da presidente que se declarou interina Jeanine, disse em sua conta no Twitter que "é uma piada, mas ao mesmo tempo ultrajante, ouvir o ex-presidente inaugurar obras por telefone". 

Ele disse que Evo "usurpa funções e amplia a lista de crimes pelos quais deve responder à justiça boliviana". A administração de Áñez acusa Evo pelos crimes de traição e terrorismo. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.