Ex-agente colaborava em investigação sobre Beslan

Litvinenko morreu envenenado em Londres devido a altas doses de polônio-210

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Por Agencia Estado
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O ex-agente russo Alexander Litvinenko, que morreu envenenado no dia 23 de novembro em Londres devido a altas doses de polônio-210, colaborava na investigação independente do massacre de Beslan. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal digital Gazeta. Litvinenko se reuniu várias vezes, uma delas na capital britânica, com Marina Litvinovich, promotora de uma investigação independente do massacre na escola da Ossétia do Norte e autora do site "A verdade de Beslan". Segundo Litvinovich, o antigo agente do serviço secreto se ofereceu para ajudá-la em tudo que fosse possível para esclarecer a morte de 334 pessoas no seqüestro da escola número um de Beslan por um comando terrorista checheno em setembro de 2004. A última vez que ambos se reuniram foi em Londres, em setembro deste ano. No encontro, os dois conversaram sobre a possibilidade de serem encontradas novas testemunhas do caso. Litvinenko também mantinha contatos regulares com o ministro de Assuntos Exteriores da guerrilha separatista chechena, Ahmed Zakayev, também exilado em Londres. Além disso, o ex-agente supostamente investigava a morte da jornalista russa Anna Politkovskaya, a voz mais crítica em relação à política do Kremlin para a Chechênia. A Procuradoria russa reconheceu na semana passada que Litvinenko, que atribuiu sua morte ao serviço secreto russo e ao próprio presidente russo, Vladimir Putin, foi assassinado.

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