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Opositor colombiano nega pagamentos de campanha pela Odebrecht

Ministério Público da Colômbia diz ter provas demonstrando que a empreiteira brasileira assumiu gastos da campanha de Óscar Iván Zuluaga em 2014

Atualização:

BOGOTÁ - O candidato opositor à presidência da Colômbia em 2014 Óscar Iván Zuluaga, do partido Centro Democrático, negou na quinta-feira 16 que a empreiteira brasileira Odebrecht tenha assumido gastos durante a campanha presidencial dele. Zuluiaga foi derrotado pelo atual presidente, Juan Manuel Santos.

"Minha campanha foi honrada, se preocupou em cumprir tudo o que estabelece a lei, porém terei paciência suficiente para poder esperar que as autoridades competentes se pronunciem", afirmou Zuluaga após prestar depoimento voluntário ao Conselho Nacional Eleitoral.

Zuluagadiz que vai dar todas as explicações sobre o caso Foto: Eduardo Muñoz/EFE

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O Ministério Público colombiano confirmou ter provas que demonstram que a Odebrecht pagou gastos de campanha para o presidente Santos e o opositor Zuluaga em 2014. Há a suspeita que estes pagamentos tenham sido feitos por meio de propina.

Para o MP colombiano, a Odebrecht pagou US$ 1,6 milhão ao marqueteiro de Zuluaga, o publicitário brasileiro Duda Mendonça. "Esse valor corresponde a um adicional à soma que inicialmente havia sido pedida pelos serviços prestados à campanha 'Mão Firme, Coração Grande", disse a Procuradoria colombiana.

O procurador-geral do país, Néstor Humberto Martínez, afirmou que a empreiteira também "serviu de ponte" para organizar uma reunião entre dirigentes da campanha de Zuluaga e Mendonça, que ocorreu em fevereiro de 2014 em São Paulo. Sobre isso, Zuluaga disse à imprensa estar "disposto a dar todas as explicações sem exceção".

Em razão das denúncias, Zuluaga anunciou que vai adiar o anúncio da sua pré-candidatura às eleições presidenciais de 2018 pelo Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. / EFE

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