Ex-chefe de campanha de Trump ofereceu relatórios das eleições para russo

De acordo com o jornal 'Washington Post', Paul Manafort enviou e-mail para o oligarca russo Oleg Deripaska, próximo ao Kremlin, dizendo que poderia fornecer os documentos; mensagem já estaria sob análise do promotor especial Robert Mueller

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WASHINGTON - Paul Manafort, ex-chefe da campanha de Donald Trump para Casa Branca, ofereceu "relatórios privados" sobre as eleições presidenciais ao oligarca russo Oleg Deripaska, próximo ao Kremlin, informou na quinta-feira o jornal "The Washington Post".

A oferta foi feita, segundo o diário, em um dos e-mails que agora estão em mãos do promotor especial Robert Mueller, encarregado de investigar a suposta ingerência da Rússia nas eleições americanas e as possíveis ligações da campanha de Trump com Moscou.

Paul Manafort teria oferecido ao oligarca russo Oleg Deripaska 'relatórios privados' sobre a eleição americana Foto: AP Photo/Matt Rourke

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De acordo com o jornal, que cita fontes familiarizadas com o assunto, Manafort enviou no dia 7 de julho de 2016 - pouco depois de chefiar a campanha - um e-mail a um intermediário, pedindo que mandasse para Deripaska.

"Se você precisa de relatórios privados, podemos satisfazê-lo", escreveu Manafort, no e-mail dirigido a Deripaska, um magnata russo do alumínio com quem tinha feito negócios no passado. As fontes que vazaram a informação para o jornal também disseram que não existem provas que Deripaska chegou a receber a oferta ou mesmo os relatórios.

Manafort está no centro da investigação do FBI e o Departamento de Justiça sobre a suposta ingerência do Kremlin na eleição presidencial dos Estados Unidos, assim como as possíveis ligações da campanha de Trump com autoridades russas.

Esta semana foi revelado que um tribunal secreto dos EUA autorizou ao Departamento de Justiça e ao FBI a realizar escutas telefônicas de Manafort, em razão da suspeita de que ele trabalhava com os russos. Além disso, no mês de julho passado agentes federais realizaram uma operação em sua casa, nos arredores de Washington. / EFE