
05 de maio de 2015 | 20h21
BELFAST - Um ex-comandante do Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês) ligado a uma das mais famosas mortes cometidas pelo grupo foi morto a tiros na manhã desta terça-feira, em uma rua perto de sua casa em Belfast, segundo moradores e a polícia. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pela morte de Gerard "Jock" Davison, de 47 anos, na primeira morte a tiros em mais de um ano na Irlanda do Norte.
Autoridades determinaram um reforço na patrulha das ruas, incluindo postos de controle, para impedir possíveis ataques de pessoas ligadas ao IRA na semana de eleições gerais na Grã-Bretanha, que acontecem na quinta-feira. A Irlanda do Norte tem representação de 18 cadeiras na Câmara dos Comuns, em Londres.
Pequenas facções do IRA que rejeitaram o cessar-fogo de 1997 e os esforços subsequentes para governar a Irlanda do Norte detonaram várias bombas nas últimas duas semanas, nenhuma delas causando danos significativos.
O inspetor-chefe de polícia Justyn Galloway, que lidera as investigações do homicídio, disse que duvidava que uma dissidência do IRA pudesse ser a responsável pelo ataque. Também rechaçou o envolvimento de extremistas da maioria protestante britânica, apontando mais provavelmente para uma motivação criminal ou pessoal.
Em 2005, Davison teria determinado a seus comandados no IRA que atacassem um civil católico, Robert McCartney, em um pub perto do bairro de Markets, após uma troca de insultos. Ninguém acabou processado pela morte a facadas de McCartney, que ocorreu diante de dezenas de testemunhas. Davison teria ameaçado a vítima antes do crime, mas ninguém foi condenado no caso. / ASSOCIATED PRESS
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.