30 de abril de 2011 | 00h00
A polícia trabalha com duas hipóteses para a morte do ex-espião. A primeira é seu passado como agente da ditadura de Pinochet. A segunda, crime passional. Os investigadores acreditam que Clavel, que era homossexual, pode ter sido morto por um amante.
O ex-espião organizou o atentado que, em 1974, matou o general Carlos Prats, ex-chefe do Exército do Chile, e sua esposa Sofia Cuthbert, durante o governo do presidente socialista Salvador Allende (1970-1974). A bomba que matou o casal exilado em Buenos Aires havia sido colocada sob o carro dos Prats pelo americano Michael Townley, agente da CIA, que delatou na Justiça dos EUA seu colega chileno, nos anos 80.
Clavel também havia sido o autor do assassinato do então comandante-chefe do Exército chileno, o general René Schneider, em Santiago, em 1970. Schneider havia resistido às pressões para liderar um golpe de Estado que impedisse a posse de Allende.
Clavel foi preso em Buenos Aires, em 1978, mas acabou beneficiado por uma anistia poucos anos depois. Desde então, ele passou a viver na cidade. Em 1996, foi detido pela Justiça argentina e condenado à prisão perpétua. Onze anos depois, conseguiu a liberdade condicional.
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