Ex-executiva da Korean Air que fez escândalo em avião é libertada

Cho Hyun-Ah, que se irritou ao receber no voo macadâmias na embalagem e não no prato, pena foi revista nesta sexta

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Cho Hyun-Ah é libertada após revisão de pena Foto: JUNG YEON-JE/AFP

SEUL - A ex-vice-presidente da Korean Air, Cho Hyun-ah, foi libertada nesta sexta-feira, 22, após passar 145 dias na prisão, depois que um tribunal revisou sua pena de um ano de prisão pelo episódio que ficou conhecido como "o caso das nozes".

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A Corte de Apelações do Tribunal Superior de Seul revisou nesta sexta a condenação da ex-executiva e lhe impôs 10 meses de prisão com suspensão da pena por dois anos, o que significa que Cho ficará livre indefinidamente a menos que cometa um novo crime nesse período, segundo as leis sul-coreanas.

A nova decisão afirma que Cho não modificou o itinerário do avião no qual ocorreram os fatos . Em fevereiro, ela havia sido condenada por violar as normas de segurança da aviação.

Cho Hyun-ah, de 40 anos e filha do presidente da companhia aérea, Cho Yang-ho, ordenou que um atendente de voo desembarcasse de um avião no dia 5 de dezembro, no aeroporto John F. Kennedy de Nova York, por ter servido a ela uma porção de macadâmias na embalagem e não num prato, o que para ela seria uma violação do protocolo de serviço da primeira classe.

Na última sessão de apelações, no dia 21 de abril, a ex-vice-presidente da Korean Air, que compareceu à audiência vestindo trajes de presidiária e visivelmente mais magra, pediu clemência, manifestou seu remorso pelo acontecido e prometeu "pagar pelos erros" cometidos, além de ter lembrado que é mãe de gêmeos de dois anos.

Os promotores haviam pedido a ampliação de sua pena de um para três anos na audiência de apelação.

O "caso das nozes" causou grande repercussão na Coreia do Sul, onde existe uma forte controvérsia sobre o poder das famílias proprietárias dos "chaebol", os grandes conglomerados empresariais como Korean Air, Samsung e Hyundai, que ostentam grande influência política e econômica no país. /EFE

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