
08 de novembro de 2011 | 03h05
O adversário de centro-direita, Manuel Baldizón, do Partido Libertad Democrática Renovada (Líder), ficou com 46,10% dos votos, segundo o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE).
"Desde o primeiro dia, o povo perceberá que tem um presidente comprometido em defender a vida", disse Pérez Molina, de 60 anos, no discurso da vitória, na noite de domingo. "Um presidente que vai dedicar 60% ou 65% do seu tempo aos temas de segurança."
Sua vitória, no entanto, preocupa ativistas dos direitos humanos, que temem um retrocesso no julgamento de militares acusados de crimes contra a humanidade durante os conflitos civis em que a Guatemala mergulhou entre 1960 e 1996. Eles acusam Pérez Molina de participar de sangrentos massacres, ocorridos principalmente na Província de El Quiché, onde o ex-general comandou tropas no fim dos anos 80. Ele nega, preferindo destacar seu papel nas negociações que levaram à paz em 1996.
O presidente eleito anunciou planos de aumentar o efetivo do Exército em 2,5 mil soldados e reformar o grupo de elite Kaibiles, temido pelos rebeldes da esquerda durante a guerra civil. Ex-militares do grupo foram, mais tarde, recrutados pelo cartel mexicano Los Zetas.
Analistas calculam que o narcotráfico já responde por 40% da economia da Guatemala, que tem uma das mais altas taxas de homicídios do mundo (52 mortos a cada 100 mil habitantes). / REUTERS
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