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Ex-líderes mundiais defendem palestinos desalojados

Por AE-AP
Atualização:

Um grupo de antigos estadistas visitou hoje uma família árabe de 17 pessoas que foi desalojada de sua casa, em Jerusalém Oriental, pela polícia israelense. Os dignitários, entre eles o ex-presidente americano, Jimmy Carter, e o Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, visitou os familiares depois de a Suprema Corte de Israel ter decidido que o imóvel pertenceria a judeus, que ficaram com a casa. "Trata-se de uma questão política. Não tenho a menor dúvida. É uma tentativa israelense de tomar Jerusalém Oriental, que é parte da Palestina", declarou Carter. O grupo de ex-líderes pediu à família para não perder as esperanças de recuperar o lar, e manifestou a esperança de que Israel reverta a decisão. Tutu disse que a situação relembra o apartheid na África do Sul. "Hoje há liberdade na África do Sul. Queremos dizer a vocês que a justiça prevalecerá nessa situação, como já ocorreu em outras situações. Portanto, não percam a esperança de que vocês poderão viver em sua pátria", disse Tutu. Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam Jerusalém como capital. A cidade - sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos - foi tomada por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Anos mais tarde, o governo israelense anexou a cidade e a declarou sua capital "eterna e indivisível". As iniciativas israelenses, no entanto, são rechaçadas pela comunidade internacional, que defende uma solução negociada. Os palestinos reivindicam o setor árabe da cidade, conhecido como Jerusalém Oriental, como capital de seu futuro Estado independente e soberano.

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