11 de junho de 2015 | 18h37
CARACAS - O ex-prefeito de San Critóbal Daniel Ceballos, de oposição, encerrou uma greve de fome que já durava 20 dias, anunciou nesta quinta-feira o advogado dele. Ceballos, atualmente detido em uma prisão no centro da Venezuela, decidiu acabar com o protesto "depois da libertação de um grupo de presos políticos" e das ofertas feitas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) de enviar observadores às eleições parlamentares previstas para este ano, disse o advogado Juan Carlos Gutiérrez.
Leopoldo López, líder do partido opositor Voluntad Popular e ex-prefeito de Chacao, mantém uma greve de fome desde 24 de maio. Gutiérrez disse que se reunirá com ele, na prisão militar de Ramo Verde, para saber a posição de López sobre a possibilidade de pôr fim ao protesto. Ceballos e López pertencem ao mesmo partido.
López é acusado de responsabilidade nos atos violentos ocorridos na capital em fevereiro de 2014 que deixaram três mortos. Ele afirma ser inocente. Ceballos também é acusado de incitação à violência.
Já o general Antonio Rivero, que foi alvo de um pedido de prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em 2014, se uniu em Nova York a uma greve de fome mantida por estudantes venezuelanos diante da Organização das Nações Unidas, para exigir que o organismo internacional se pronuncie e exija a libertação de mais de 50 estudantes presos no país sul-americano. Rivero é procurado na Venezuela por incitação pública e associação para delinquir.
Rivero, que disse estar vivendo na Flórida, explicou que viajou a Nova York para tramitar seu caso no Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. Quando soube do protesto, decidiu se unir a ele./ Associated Press
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