Ex-premiê tailandês nega ligação com explosões de Bangcoc

Ataques na virada do ano na Tailândia deixaram 38 feridos e três mortos

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Por Agencia Estado
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O ex-premiê tailandês Thaksin Shinawatra negou as alegações das Forças Armadas e de seu sucessor apontado pelos militares de que ele teria ligação com as explosões da virada de ano em Bagcoc, que mataram três pessoas e feriram 38. Em uma carta enviada de Pequim, onde ele está exilado desde que foi derrubado, no dia 19 de setembro, a organismos de comunicação, Thaksin acusou o governo militar de atribuir responsabilidade indevidamente a "grupos que perderam poderes políticos". Muitos interpretaram isso como uma referência a Thaksin. "Juro que nunca pensei em ferir ou destruir a felicidade do povo tailandês ou prejudicar a credibilidade do país por minhas metas políticas", afirmou. Entre temores de que as explosões seriam presságio de outro ano turbulento, a bolsa -- que teve o pior desempenho da Ásia no ano passado -- caiu mais de 3 por cento no primeiro dia de funcionamento em 2007. Thaksin disse que seus contatos na polícia o informaram de que as bombas foram obra de separatistas muçulmanos do extremo sul do país. "Perguntei à polícia sobre os materiais e métodos utilizados. As explosões foram provavelmente trabalho de militantes do extremo sul", disse ele, na carta manuscrita. "Gostaria de condenar, nos mais fortes termos, o grupo que está por trás das explosões." Mas os militantes, que nunca tornaram suas metas públicas e nunca assumem a autoria de ataques, jamais promoveram ataques fora de sua região. Surayud Chulanont, o sucessor de Thaksin designado pelos militares, disse na segunda-feira que as investigações apontavam para políticos que perderam o poder, mas acrescentou que a alegação não se referia apenas a Thaksin. "Isso não se refere apenas ao governo anterior, mas inclui todos aqueles que perderam o poder no passado", afirmou. "Não podemos, nesse momento, que grupo em particular está envolvido."

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