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Ex-premiê vence voto de confiança na Austrália e retorna ao poder

Kevin Rudd substituirá Julia Gillard, em tentativa de evitar derrota para conservadores em agosto

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Por Redação
Atualização:

(Atualizada às 11h52) SIDNEY - O ex-primeiro-ministro da Austrália Kevin Rudd substituiu nesta quarta-feira, 26, a premiê Julia Gillard no cargo após desafiá-la na liderança do Partido Trabalhista. A mudança tem como objetivo de tentar evitar derrota catastrófica nas eleições parlamentares marcadas para ocorrer em três meses.

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O retorno de Rudd pode fazer com que a votação seja antecipada para agosto, em vez da data marcada de 14 de setembro, numa manobra para capitalizar com a maior popularidade dele junto aos eleitores e o esperado período de lua de mel com o eleitorado.

Rudd venceu a disputa numa convenção do Partido Trabalhista com 57 votos, contra 45 atribuídos a Gillard. Gillard prometeu abandonar a política caso perdesse a votação.

A mudança de liderança ocorre após uma série de pesquisas de opinião cujo resultado mostrou que o governo minoritário de Gillard pode perder até 35 assentos nas eleições, dando à oposição conservadora uma esmagadora maioria no Parlamento, composto por 150 membros.

Mas as pesquisas também mostram que Rudd é mais popular entre os eleitores e seu retorno como primeiro-ministro, cargo que ele perdeu para Gillard em junho de 2010, poderia conter o tamanho da perda eleitoral dos trabalhistas.

É pouco provável que a mudança de Gillard para Rudd tenha grandes implicações políticas, pois ambos são fortes defensores da aliança militar da Austrália com os Estados Unidos e dos laços cada vez maiores com o principal parceiro comercial da Austrália, a China.

Vários ministros importantes, incluindo o do Tesouro, Wayne Swan, e o ministro das Comunicações, Stephen Conroy, disseram que não serviriam sob Rudd. Rudd disse que não manteria rancor contra os críticos internos que o alvejaram abertamente em sua passagem anterior como primeiro-ministro, e disse que não iria punir os ministros que permaneceram leais a Gillard. / REUTERS

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