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Ex-premier israelense lançará campanha contra Ahmadinejad

Benjamin Netanyahu convocou 70 diplomatas para encontro na próxima terça-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu lançará uma campanha internacional contra o programa atômico iraniano, que incluirá uma demanda contra o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. De acordo com Netanyahu, o iraniano promoveu a violência ao proclamar que Israel "deve ser riscado do mapa", informou nesta quinta-feira hoje o jornal Ha´aretz. Netanyahu, líder do partido Likud e chefe da oposição parlamentar, convocou 70 diplomatas estrangeiros para um encontro na próxima terça-feira e pediu que eles abandonem "sua complacência e juntem-se a Israel em seus esforços para conter o programa iraniano, que aponta para um genocídio de judeus". O deputado Dani Naveh, do Likud, e o ex-embaixador israelense na ONU Dore Gold, que viajaram esta semana aos Estados Unidos, entrarão com um processo contra Ahmadinejad na Corte Internacional de Justiça. Favorito nas últimas pesquisas sobre intenções de voto entre os israelenses, caso haja uma antecipação das eleições, Netanyahu lançará sua campanha em paralelo à do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e à da ministra do Exterior, Tzipi Livni, para alinhar a comunidade internacional contra o Irã. Segundo o jornal de Tel Aviv, o governo de Olmert e as Forças Armadas temem as relações e a aproximação entre o Irã, que não é um país árabe, e o movimento islâmico Hamas, assim como os vínculos de Teerã com a milícia xiita libanesa Hezbollah. Ahmadinejad prometeu doar US$ 250 milhões para ajudar o governo palestino, em uma recente visita do primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, a Teerã. O Governo de Haniyeh enfrenta dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros e milhares de funcionários públicos em Gaza e na Cisjordânia não estão recebendo seus salários há meses. Netanyahu sustenta que a campanha do governo de Olmert contra as autoridades iranianas e o programa nuclear de Teerã fracassou, pois não conseguiu uma ação internacional para impor sanções econômicas a esse país. A reunião que acontecerá na semana que vem com os diplomatas estrangeiros faz parte, segundo o Ha´aretz, da estratégia de Netanyahu para voltar ao poder aproveitando sua atual vantagem sobre Olmert, líder do partido Kadima, nas pesquisas de opinião. "Em 1938, Adolf Hitler não dizia que queria exterminar os judeus", disse Netanyahu. "Ahmadinejad diz isso claramente, e nós sequer gritamos". Para o ex-premier, é preciso "fazer o mundo ver que os planos do Irã são um programa para outro genocídio". O político israelense espera conseguir o apoio do Congresso dos Estados Unidos e influenciar a opinião pública nos países da União Européia (UE) e na Rússia.

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