PUBLICIDADE

Ex-presidente da Colômbia defende renúncia de Santos por caso Odebrecht

Andrés Pastrana afirmou que presidente deve considerar a possibilidade de deixar o cargo, caso seja comprovado que sua campanha para a reeleição em 2014 recebeu dinheiro da construtora

Atualização:

BOGOTÁ - O ex-presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, disse na terça-feira que o atual mandatário Juan Manuel Santos deve analisar "a possibilidade de renunciar", caso fique comprovado que sua campanha para a reeleição em 2014 recebeu dinheiro da construtora Odebrecht.

O procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, pediu ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para investigar a suposta entrada de US$ 1 milhão da Odebrecht na campanha de Santos por meio do ex-congressista Otto Bula, preso em janeiro por participação no esquema de propinas pagas pela construtora.

Andrés Pastrana (dir.), ex-presidente da Colômbia Foto: Federico Parra/ AFP

"Presidente Juan Manuel Santos: se comprovar pagamentos da Odebrecht a sua campanha, deve começar a considerar a possibilidade de renunciar", escreveu Pastrana em sua conta no Twitter.

PUBLICIDADE

Sobre a suposta entrada de dinheiro na campanha de Santos em 2014, a presidência da Colômbia negou o fato e solicitou que as autoridades realizem "todas as investigações necessárias".

O procurador-geral disse em uma declaração à imprensa que o dinheiro pode ter entrado na campanha de Santos por meio de Bula, preso no dia 14 de janeiro por envolvimento no escândalo das propinas pagas pela Odebrecht na Colômbia, no valor de mais de US$ 11 milhões, para obter contratos de infraestrutura.

Desse número, a procuradoria apontou que Bula "tramitou" propinas de US$ 4,6 milhões, dos quais US$ 1 milhão aparentemente teve como "beneficiado final (...) a gerência da campanha Santos Presidente-2014", disse Martínez.

Nas eleições de 2014, Santos teve como principal rival Óscar Iván Zuluaga, candidato do partido uribista Centro Democrático, que também foi apontado por suposto financiamento da Odebrecht em sua campanha. / EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.