Ex-presidente da Coreia do Sul passa 14 horas em interrogatório sobre caso de corrupção

Após perder a imunidade presidencial, Park Geun-hye foi interrogada e demorou mais sete horas para revisar o depoimento prestado

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SEUL - A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye voltou para casa na terça-feira 21, após passar mais de 21 horas na sede da Procuradoria, onde foi submetida a um longo interrogatório de 14 horas sobre seu papel no caso de corrupção envolvendo uma amiga dela, que resultou no impeachment de seu mandato no dia 10 de março.

Submetida pela primeira vez às perguntas dos investigadores após perder a imunidade presidencial, a ex-líder foi interrogada e demorou mais sete horas para revisar o depoimento prestado.

Park Geun-hye, ex-presidente da Coreia do Sul, deixa Procuradoria em Seul após interrogatório Foto: AFP PHOTO / POOL / KIM Hong-Ji

PUBLICIDADE

Park deixou o escritório da Procuradoria do Distrito Central de Seul pela manhã com uma expressão de cansaço e sem falar com a imprensa no local. Durante o processo, ela negou as 13 acusações das quais é suspeita, entre elas suborno e abuso de poder.

Ao lado de fora, a ex-presidente recebeu o apoio de vários militantes que passaram a noite inteira no local com bandeiras e emocionados. Outro grupo a recebeu da mesma maneira em frente a sua residência privada no bairro de Samseong, no distrito de Gangnam, onde os apoiadores de Park deixaram cartazes e mensagens de apoio.

A ex-presidente foi a primeira chefe de Estado impedida de terminar seu mandato na Coreia do Sul desde que o país voltou a realizar eleições democráticas em 1987, algo que seus defensores, quase todos nostálgicos da ditadura liderada pelo pai da ex-mandatária - Park Chung-hee -, consideram o processo de impeachment um complô elaborado pela esquerda e pela imprensa.

Park perdeu a imunidade no dia 10 de março, quando o Tribunal Constitucional ratificou sua destituição ao considerar que a então governante conspirou com a amiga Choi Soon-sil para extorquir grandes empresas.

A decisão da máxima instância judicial do país obrigou o gabinete do presidente interino, Hwang Kyo-ahn, a convocar eleições presidenciais antecipadas para o dia 9 de maio. / EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.