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Ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, está desaparecido

A polícia não consegue afirmar se o desaparecimento é criminoso ou intencional, Taylor seria extraditado

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, desapareceu do local onde morava e os responsáveis por sua segurança foram detidos, informou nesta terça-feira o governo da Nigéria. A informação foi divulgada pela porta-voz presidencial nigeriana, Remi Oyo. As autoridades da Nigéria haviam aceitado extraditar Taylor, mas ainda não sabiam se ele seria enviado a seu país de origem ou a Serra Leoa, onde está sendo processado. Taylor recebeu asilo político na Nigéria desde que deixou o poder, em 2003, como parte dos acordos que permitiram acabar com a guerra civil que durou 14 anos. O ex-presidente liberiano, acusado por um tribunal especial da ONU em Serra Leoa por sua responsabilidade no conflito armado neste país, morava na cidade de Calabar. De acordo com a informação oficial, Taylor deixou sua residência na última segunda-feira à noite. Não se sabe se ele fugiu ou foi seqüestrado, acrescenta a nota. As autoridades da Nigéria formaram uma comissão para investigar as razões pelas quais o ex-presidente liberiano desapareceu do lugar onde supostamente estava cercado por uma forte vigilância. O presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, anunciou no fim de semana passado que estava disposto a extraditar o ex-governante à Libéria, a partir de um pedido de extradição feito pelo governo de Monróvia. Mas a presidente liberiana, Ellen Johnson-Sirleaf, mostrou-se na última segunda-feira partidária da extradição de Taylor diretamente para Serra Leoa, onde um Tribunal Especial da ONU quer julgá-lo por crimes de guerra. A Nigéria, no entanto, inclinava-se a enviar Taylor a seu país de origem, o ex-presidente é acusado de intervir na guerra civil em Serra Leoa, vizinha à Libéria, entre 1997 e 2003. O promotor do caso deste tribunal especial, Desmond de Silva, tinha pedido a detenção de Taylor para assegurar que ele não pudesse fugir, mas Remi Oyo disse na última segunda-feira que essa solicitação não tinha sido recebida na Nigéria.

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